Cientistas da UFES são contemplados em edital nacional para restauração dos manguezais capixabas.
Os pesquisadores doutores Mônica Tognella, Andreia Gontijo e Antelmo Falqueto da Ufes campus São Mateus, junto com Jacqueline Albino e Gilberto Barroso do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) e a pesquisadora MSc. Helia Del Carmen Espinoza vão promover a restauração dos manguezais mortos nos rios Piraquê-Açú e Mirim em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aracruz.
Pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aracruz (SEMAM) estão envolvidos no projeto, o Secretário do Meio Ambiente, MSc. Aladim Cerqueira, a Gestora da Reserva de Densenvolvimento Sustentável Municipal do Piraquê, Dra. Priscila Santos, o gerente ambiental MSc. Fabrício Rosa e a educadora ambiental Bel. Eva Cordeiro.
O projeto, intitulado "Manutenção do Estoque Natural: Experiências Compartilhadas com a Comunidade Tradicional" (ENEC), obteve o primeiro lugar nacional no edital do FUNBIO Floresta Viva Manguezal, concorrendo com outros 30 pesquisadores.
Os cientistas da UFES junto com o doutorando em Oceanografia Ambiental (PPGOAm), MSc. Maykoll Hoffmann Silva, egresso do curso de Ciências Biológicas da Ufes São Mateus, vão desenvolver técnicas de restauração em processo compartilhado com a comunidade tradicional, assim como, estudar os processos de vazão de água doce e batimetria das bacias para compreender quais são os impactos locais que provocaram a mortalidade de mais de 700 hectares de manguezal. A doutoranda do PPGOAm, MSc. Vanessa Spinassé, colaborará no projeto com o desenvolvimento de material de educação para a sustentabilidade atendendo a solicitação da SEDU (ES) para o seu doutoramento.
O projeto envolve a capacitação da comunidade tradicional para se tornar agente ativo na preservação do meio ambiente. O financiamento de 7 milhões de reais, proveniente da PETROBRAS e BNDES, e o suporte da SEMAM de Aracruz, serão fundamentais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e estimar o potencial da área recuperada para o estoque de Carbono Azul brasileiro. O projeto terá início em 2024, com duração de 48 meses.
Além das metas principais, o projeto contempla estudos de diversidade genética do mangue, dando continuidade a pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES) aprovado no edital Universal 2021.
O Projeto ENEC não apenas busca a restauração ambiental, mas também promoverá iniciativas para agregar valor aos manguezais capixabas, incluindo propostas de turismo e educação para a sustentabilidade. Este investimento não apenas beneficiará o ecossistema local, mas também impactará positivamente a economia do Espírito Santo.